É fato que a bomba atômica mudou a história das guerras. Depois que os americanos derreteram Hiroshima e Nagasaki o impulso bélico do ser humano teve que se adaptar aos novos tempos. As grandes guerras deixaram de ser travadas em campo de batalhas para ganhar o terreno da mídia. E nesse novo cenário, ter um marqueteiro, é pura estratégia de guerra.
Se fossemos acompanhar a linha evolutiva dos generais, primeiro temos a figura do homem das cavernas segurando uma clave, um avanço em fast forward nos leva às figuras romanescas, como Pompeu, seguida pelos cavaleiros da Idade Média que comandavam os cruzados. Aí vem alguns árabes de turbantes com cimitarras segurando o alcorão, passando pelos modernos generais da primeira e segunda guerra e rapidamente pelos americanos na Coreia e Vietnã, até finalmente chega no exemplar mais moderno de general: Duda Mendonça, General Command in Chief de Brazil.
Desde a guerra fria que as coisas são assim. Antigamente qualquer líder gostaria de ter um exército forte ao seu lado, hoje eles querem é um bom marqueteiro. General não serve pra nada, armas, pra que? Por mais que um país se arme até os dentes e queira arrumar briga, sempre tem o risco de sumir do mapa em segundos.
Por isso o marquetero é a melhor pedida. Com ele até seu exército fica melhor. Afinal, vocês acham que aqueles soldados ultra-equipados que vemos em fotos do Iraque é obra de quem? Do exército? Que nada, aquilo é coisa de marqueteiro! Dá até pra imaginar a cena: o sujeito chega com sua gravata rosa e óculos de armação grossa. “Vamos equipar esse aqui, coloca um binóculo infra-vermelho, um lança-foguetes nas costas e um capacete com viseira nele. Isso, agora fica paradinho, você ai, bate uma foto, você aí de trás, filma ele, isso, filma, colhe uma entrevista. Põe a faca na boca agora gatão, como se fosse o Rambo, vai, rosna pra mim, rosna”. É assim que funciona o mercado da guerra hoje em dia. É um negócio como qualquer outro.
Marqueteiros são fundamentais em todas as esferas de poder. Para a guerra democrática moderna então, nem se fala. As eleições americanas deste ano foram um belo exemplo disso; com Obama e seu general marchando sobre Washington mais ou menos como Julio César fez com Roma após derrotar as tropas de Pompeu.
Sim, eu sei, nossas guerras modernas são bem chatas… mas, veja o lado bom, pelo menos elas aumentam nossa expectativa de vida.
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